Biografia - parte I
Fritz Alt nasceu em Lich, na Alemanha, em 17 de setembro de 1902. A família de Friedrich Alt –
conhecido como Fritz Alt – era bastante ligada à guerra, pois seu pai, que era professor
e escritor, foi convocado para lutar na Primeira Guerra Mundial. No final do
conflito, Alt se alistou como voluntário. Heinrich, seu irmão um ano mais
velho, morreu quando combatia as tropas russas na Segunda Guerra Mundial. Alt, quando
jovem, chegou a atuar no combate contra a Polônia durante dois meses, que
reivindicava territórios alemães. Antes de seu alistamento no exército, chegou
a estudar escultura.
Monumento a Dona Francisca. Foto: Walter de Queiroz Guerreiro. Disponível em: http://www.mubevirtual.com.br/pt_br?Dados&area=ver&id=338 (acervo digital sobre a produção escultórica brasileira).
Entre junho de 1920 e
setembro de 1921 Fritz vai estudar no Instituto Estadual de Arte em Frankfurt,
depois de ter concluído o curso básico ginasial na Escola de Formação de
Artistas em Offenbach. Não se sabe (ainda) as razões
que o fizeram deixar o seu país natal. Assim que chega ao Brasil, passa a morar
no Rio de Janeiro. Segundo Schwarz (2007), o serviço de imigração brasileira o classificou como "inútil" ao ouvir do alemão que sua profissão era escultor.
Obra: A vida e a morte. Foto de Gabriela Borges. Disponível em: http://cegoguiandocego.blogspot.com.br/2010/06/fritz-alt.html
Logo após morar no Rio de
Janeiro, Alt é enviado a Joinville em 1922 para trabalhar na lavoura. O
exército o considera “sem profissão”, pois não concluiu o ensino superior. Em Joinville,
contrai malária e é tratado pelo médico militar do 13º Batalhão de Caçadores e
passa a fazer serviços de pintura naquele local.
Painel de mosaico do Sesi. 1949. Dimensões de 500 x 450 cm. Endereço: Rua Ministro Calógeras, 195. Foto extraída do site: http://mosaicosdobrasil.tripod.com/id121.html |
Em função de seu bom humor e
pesada bagagem cultural, cultiva boas amizades, que abriram
possibilidades de voltar ao trabalho artístico.
Dos anos 20 aos anos 60,
Fritz Alt viveu apenas de seu ofício, a escultura. Vivia precariamente, e
espalhou dívidas, mas também obras monumentais como bustos, esculturas em
locais públicos e em sua casa, que hoje comporta o Museu Casa Fritz Alt. Graças aos seus
conhecimentos, principalmente de compositores clássicos e filósofos alemães,
era polêmico e também disputado nas rodas de conversa. Costumava trabalhar
ouvindo Beethoven e Chopin.
Museu Casa Fritz Alt. Foto: Lysandro Lima. Disponível em:
http://www.sctur.com.br/joinville/museu_fritz_alt.asp
Sua biblioteca prova que gostava de ler Schiller,
Goethe, Hegel, Schopenhauer, Kant e Nietzsche; segundo a jornalista Mazzaro (2010, p.1), “gastava dias em conversas
intermináveis sobre a própria existência [...]. De bar em bar, como todo bom
boêmio, Alt chegava a ficar dois dias sem aparecer em casa, lembra a filha”.
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Referências
FRITZ Alt, o artista ancestral. Jornal A Notícia, Joinville, 9 mar. 2011. Anexo, Caderno de aniversáriodo A Notícia, p. 30.
MAZZARO, Rafaela. Percursos das artes plásticas. Jornal A Notícia, Joinville, 13 mai. 2010. Anexo, p. 1.
SCHWARZ,
Rodrigo. Verbete de bronze. Jornal A Notícia, Joinville, 25 jul. 2007. Anexo,
p. 1.
______.
Vida nova ao trabalhador: Restauração de mosaico recupera obra monumental de
Fritz Alt, baluarte das artes plásticas de Joinville. Jornal A Notícia,
Joinville, 15 out. 2006. Anexo, p. 2.
TERRAS
da princesa brasileira abrigam arte do alemão Fritz Alt. Disponível em:
http://mosaicosdobrasil.tripod.com/id121.html. Acesso: 15 jan. 2013.
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